domingo, 28 de dezembro de 2008

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

domingo, 14 de dezembro de 2008

Violetas na paisagem...da minha janela

A violeta mais bela que amanhece

A violeta mais bela que amanhece no vale,

por esmalte da verdura,

com seu pálido lustre e fermosura,

por mais bela, Violante, te obedece.

Perguntas-me porquê? Porque aparece

seu nome em ti e sua cor mais pura;

e estudar em [teu] rosto só procura

tudo quanto em beldade mais florece.

Oh! luminosa flor, oh! Sol mais claro,

único roubador de meu sentido,

não permitas que Amor me seja avaro!

Oh! penetrante seta de Cupido, que queres?

Que te peça, por reparo,

ser, neste vale, Eneias desta Dido?

Luís Vaz de Camões

da janela do meu carro...vi a cidade





Natal, e não Dezembro

Entremos, apressados, friorentos,
numa gruta, no bojo de um navio,
num presépio, num prédio, num presídio
no prédio que amanhã for demolido...
Entremos, inseguros, mas entremos.
Entremos e depressa, em qualquer sítio,
porque esta noite chama-se Dezembro,
porque sofremos, porque temos frio.
Entremos, dois a dois: somos duzentos,
duzentos mil, doze milhões de nada.
Procuremos o rastro de uma casa,
a cave, a gruta, o sulco de uma nave...
Entremos, despojados, mas entremos.
De mãos dadas talvez o fogo nasça,
talvez seja Natal e não Dezembro,
talvez universal a consoada.

David Mourão-Ferreira, Cancioneiro de Natal

...e o Natal à porta!!!


domingo, 30 de novembro de 2008

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

domingo, 26 de outubro de 2008

CHANT d'AUTOMNE


CHANT d'AUTOMNE
Bientôt nous plongerons dans les froides ténèbres ;
Adieu, vive clarté de nos étés trop courts !
J'entends déjà tomber avec des chocs funèbres
Le bois retentissant sur le pavé des cours.
Tout l'hiver va rentrer dans mon être : colère,
Haine, frissons, horreur, labeur dur et forcé,
Et, comme le soleil dans son enfer polaire,
Mon coeur ne sera plus qu'un bloc rouge et glacé.
J'écoute en frémissant chaque bûche qui tombe;
L'échafaud qu'on bâtit n'a pas d'écho plus sourd.
Mon esprit est pareil à la tour qui succombe
Sous les coups du bélier infatigable et lourd.
Il me semble, bercé par ce choc monotone,
Qu'on cloue en grande hâte un cercueil quelque part.
Pour qui ? - C'était hier l'été ; voici l'automne !
Ce bruit mystérieux sonne comme un départ.
……………………………………………….

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Daqui tambem vejo...

Paul Newman, os olhos mais sedutores da tela...

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

A Room with a view

Quem se lembra? Quem nunca viu, tem que ver!!!
E Florença ali tão linda!!!

"Com vista? Oh! Uma vista é uma coisa maravilhosa"

E.M. Forster

Encruzilhada



De caminhos, da vida, de ideias. Mas da minha janela a encruzilhada é original: portões, escadas, fios, vedações! Um lugar comum: tijoleira vermelha, que o tempo e o uso rosou! E, como não podia deixar de ser, um canteiro, com fetos!


No momento em que reparo e fixo esta encruzilhada, há movimento: preto, pequeno, rápido: o cão da vizinha! Fiquei curiosa e prometi-me descobrir porque nome responde, vai ser divertido, baralhá-lo, chamando-o do alto da minha janela.

Depois conto!

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Vista da minha janela


A minha janela fica sobre os telhados antigos da baixa de Coimbra, mas não são só telhados, o rio, o rio também se avista, aqui e ali espreitando entre os prédios altos, modernos, da Av. Fernão Magalhães.
A baixa, com pessoas, automoveis, movimento e vida.
Santa Cruz, o Jardim da Manga, a Ponte, o Relógio de Sol, os Conventos da outra margem, um mundo infinito de descobertas, de pontos , de casas, de jardins suspensos...


Depois há a encosta sul, qual cascata são joanina portuense. Aí sim está tudo!!! A torre, da Universidade, claro, o Colégio dos Orfãos, a cúpula da Sé Nova, e sobretudo um descobrir continuo de casas "novas", que sempre lá estiveram, de jardins invisíveis a todos os olhares, de rituais quotidianos, de janelas abertas ou fechadas, de roupa estendida...

Sá falta falar da vista poente-norte, um pouquinho dos campos do Mondego, uns telhados modernos assimétricos, mas sobretudo os pôr-de-sol. Todos os dias diferentes e únicos, que por vezes fixo numa fotografia.

Mas não é só isto a vista da minha janela...